Por Carla Fiorim Comerlato - Psicóloga 07/19711
Atenção: Este artigo refere-se à ansiedade comum a todos os seres humanos. Para definir se você possui um quadro de ansiedade patológica é preciso realizar uma avaliação diagnóstica individual.
Nossas emoções são cheias de sutilezas e complexidades que interferem na maneira como guiamos nossas vidas. O cotidiano estressante pode gerar sensações que são compartilhadas pela maioria das pessoas que chegam ao consultório, dentre elas: “não consigo dar conta de tudo”, “me sinto sobrecarregado (a)”, “sei que posso mais”. Todos esses pensamentos estão atrelados à ansiedade e interferem negativamente nos processos de gerenciamento da rotina, causando mal estar e procrastinação.
O que a maioria das pessoas não sabe sobre a ansiedade é que, na medida certa, é possível melhorar a motivação em tarefas reais que exijam persistência e resistência. O que você sente quando está empolgado (a) para alguma situação em curto prazo que você sabe que irá se concretizar? É a mesma sensação que pode surgir quando você quer algo imaginário, ou que talvez precise de um tempo maior para acontecer realmente, mas a pressa transforma a empolgação em angústia. É preciso diferenciar o que é real e o que é imaginário e desenvolver a coerência entre o querer e o esperar.
A ansiedade comum a todos os seres humanos, se controlada, tem a capacidade de movimentar a rotina em direção aos objetivos pessoais. Mas aí vem a pergunta: Como? E a resposta é simples: Aceitar a própria ansiedade é um truque eficaz para mantê-la controlada e atenuar seus efeitos. Sentir essa emoção como algo natural, perceber o significado das próprias ações e qual o motivo de querer tanto que uma situação específica aconteça, pode direcionar o foco para o objetivo e não para os pensamentos sabotadores que dizem que não há capacidade suficiente para conquistar aquilo que se busca.
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